Inadimplência no agronegócio continua a crescer: o que está por trás desse cenário?

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Neste texto você vai ver:

  1. Indicadores de inadimplência
  2. Regiões com mais crédito
  3. Custos e margens no agro
  4. A solução para o endividamento da distribuição de insumos

A Serasa Experian divulgou, em novembro de 2025, um indicador que acendeu um alerta em todo o setor: a inadimplência entre produtores rurais alcançou 8,1% no segundo trimestre do ano.

O índice, que considera cerca de 10,5 milhões de produtores rurais de todos os portes, mostra um crescimento contínuo pelo terceiro ano consecutivo. Essa tendência preocupa e exige atenção.


Custos altos, crédito caro e margens apertadas


Segundo o levantamento, custos de produção elevados, a variação nos preços das commodities e o encarecimento do crédito estão entre os principais fatores que pressionam o caixa dos produtores. Esse cenário tem levado muitos negócios a um ponto crítico.


Quem mais sofre com a inadimplência?


O levantamento também mostra que os produtores sem o CAR (Cadastro Ambiental Rural), como arrendatários e grupos familiares registram os maiores índices de endividamento, chegando a 10,5%.

Esses produtores, que representam grande parte da agricultura familiar, possuem margens menores e sofrem mais com o peso dos custos fixos e da falta de acesso a crédito competitivo.

Por outro lado, grandes produtores também enfrentam uma grande inadimplência, de 9,2%, impulsionados pelo maior apetite ao risco, enquanto médios e pequenos produtores apresentam índices de 7,8% e 7,6%, respectivamente.

Os números também revelam diferenças marcantes entre as regiões.

O Amapá lidera o ranking com 19,5% de inadimplência, seguido pelo Amazonas (13,9%).

Já o Sul do país, mesmo com os impactos climáticos desde 2021, apresenta as menores taxas, com destaque para o Rio Grande do Sul, que registra apenas 4,9%.


Um problema financeiro (e de gestão)


Embora fatores externos, como clima e juros, tenham grande peso nesse cenário, há uma questão central que muitas empresas ainda ignoram: a falta de previsibilidade e controle sobre os dados financeiros e comerciais.

Em um mercado cada vez mais competitivo, não basta produzir bem, é preciso gerir com inteligência.

A inadimplência não nasce da noite para o dia, ela é uma bola de neve que começa como resultado de muitas decisões baseadas em pouca visibilidade sobre clientes, crédito e riscos.

É nesse ponto que a inteligência de dados se torna um divisor de águas.

Usando a tecnologia e a análise de dados a seu favor, é possível identificar sinais de alerta antes que a dívida aconteça ajustando limites, prazos e estratégias de cobrança de forma proativa.


Dados: o remédio contra o endividamento


Empresas do agro que já adotam uma gestão orientada por dados conseguem:

  1. Mapear riscos de crédito com base no histórico e perfil dos clientes;
  2. Antecipar fluxos de caixa, evitando surpresas e gargalos financeiros;
  3. Acompanhar indicadores de inadimplência;
  4. Tomar decisões estratégicas mais rápidas e assertivas.

A tecnologia não elimina os riscos do negócio, mas cria poder de resposta rápida e, em tempos de margens apertadas, isso pode significar muito, inclusive salvando negócios da falência.

O aumento da inadimplência mostra que o setor precisa ir além do instinto e da experiência, a próxima safra será proveitosa para quem souber usar os dados para enxergar o que está por vir, e não apenas reagir ao que já aconteceu.

Na BRID, acreditamos que inteligência e tecnologia são os pilares para fortalecer a gestão e construir um agro mais previsível, rentável e resiliente.

Se a inadimplência tem preocupado sua operação, fale com a BRID e descubra como transformar dados em decisões que protegem seus resultados.